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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Paciente de Ilhéus teve febre do oropouche, afirma professor da USP





Febre do oropouche é transmitida pelo mosquito maruim ou borrachudo Foto: reprodução

Um novo vírus que causa febre alta e, em alguns casos, meningite e inflamação do encéfalo e das meninges (meningocefalite), ameaça chegar às grandes cidades brasileiras. Encontrado em amplas regiões das Américas do Sul e Central e no Caribe, o oropouche — um arbovírus (vírus transmitido por um mosquito, como o zika e o da febre amarela), se adaptou ao meio urbano e tem se aproximado cada vez mais próximo dos grandes centros.

De acordo com a Agência Fapesp, o alerta foi feito pelo professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) Luiz Tadeu Moraes Figueiredo, durante palestra sobre vírus emergentes na 69ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Com o tema “Inovação – Diversidade – Transformações”, o evento, que acontece até o próximo sábado (22/07) no campus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), reúne pesquisadores do Brasil e do exterior, além de gestores do sistema nacional de ciência e tecnologia.

— O oropouche é um vírus que potencialmente pode emergir a qualquer momento e causar um sério problema de saúde pública no Brasil — disse Figueiredo, durante o evento.

De acordo com o pesquisador, que coordena um projeto apoiado pela Fapesp, há mais de 500 mil casos relatados no país nas últimas décadas de febre do oropouche, como é conhecida a doença causada pelo vírus.

Esse número, alerta o pesquisador, tende a subir, uma vez que o vírus, transmitido pelo mosquito Culicoides paraenses — conhecido popularmente como maruim ou borrachudo —, antes restrito aos pequenos vilarejos da Amazônia, tem se alastrado e chegado às grandes cidades do país.

— O oropouche é um vírus que tem um grande potencial de emergência, porque o mosquito Culicoides paraensis está distribuído por todo o continente americano. O vírus pode sair da região amazônica e do planalto central e chegar às regiões mais povoadas do Brasil — disse Figueiredo à Agência Fapesp.

Aumento de casos

O número de casos de febre oropouche também tem se tornado mais frequente em áreas urbanas não só no Brasil, mas também no Peru e em países do Caribe.

No Brasil, o vírus já foi isolado em aves no Rio Grande do Sul, em um macaco sagui em Minas Gerais e foi detectada a presença de anticorpos neutralizantes (que se ligam ao vírus e sinalizam ao sistema imune que destrua aquele corpo estranho e o impeçam de completar a infecção com sucesso) em primatas em Goiânia.

— Fizemos recentemente, em parceria com o professor Eurico Arruda (do Departamento de Biologia Celular da FMRP-USP) o diagnóstico de um paciente de Ilhéus, na Bahia, com febre do oropouche. Isso mostra que o vírus tem circulado pelo país — avaliou.

Os pesquisadores da instituição já haviam diagnosticado, em 2002, 128 pessoas infectadas pelo vírus oropouche em Manaus. Os pacientes apresentavam os sintomas típicos da infecção, como febre aguda, dores articulares, de cabeça e atrás dos olhos. Três deles desenvolveram infecção no sistema nervoso central.

— O vírus foi encontrado no líquor cefalorraquidiano desses pacientes — disse Figueiredo.

O que chamou a atenção dos pesquisadores é que um desses três pacientes tinha neurocisticercose, uma infecção do sistema nervoso central pela larva da tênia do porco (Taenia solium), e outro tinha Aids.

— Isso mostra que algumas doenças de base ou imunodepressão (deficiência do sistema imune observada durante doenças, como o câncer e a Aids) podem facilitar que o vírus chegue ao sistema nervoso central — apontou o pesquisador.

Os 128 pacientes infectados com oropouche em Manaus tinham diagnóstico clínico de dengue, uma vez que os sintomas da doença são parecidos com os da febre do oropouche. Por essa razão, os pesquisadores da FMRP-USP e de outras instituições, como a Fiocruz, começaram a chamar a atenção para o fato de que o vírus oropouche pode ser a causa de muitos casos suspeitos de dengue no Brasil.

Informações do Jornal EXTRA


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